Um olhar para as mães
Hoje vamos novamente voltar
nosso olhar sobre o cuidador de uma pessoa com deficiência. E vamos
especificamente tratar das mães!
Na minha rotina de trabalho,
elas são a esmagadora maioria dos cuidadores de crianças com deficiência. Dedicadas,
guerreiras, vão aprendendo no peito e na raça a lidar com suas dores, seu luto,
seus problemas ao mesmo tempo em que são bombardeadas por novas informações,
orientações, compromissos, médicos, terapias, exames.
Em pouquíssimo tempo, a
maioria se torna especialista em situações que nunca haviam ouvido falar. E vão
eventualmente sendo esquecidas. Acabam virando a “mãezinha” do fulano e deixando aos poucos de ser a Maria, a Ana ou
a Laura.
Como se não houvesse mais o
direito de se divertir, namorar, se cuidar. Pode, no máximo, trabalhar.
E não pode e não deve ser
assim. E embora saiba o quanto é difícil manter esse equilíbrio, ele deve ser
procurado ativamente.
Qualquer mãe tem suas culpas
e tem dificuldade em fazer escolhas que tirem seu tempo do cuidado com os
filhos, imagine quando a criança tem alguma deficiência? Quando há a necessidade
de um cuidado mais intensivo? Horário de medicamentos, de terapia e de
estimulação domiciliar.
Mas ainda sim, é fundamental
olhar para si mesmo. Só estando plena cuidamos melhor do outro. Ter o seu tempo
é um direito. Se cuidar, se arrumar, ter atividades que te deem prazer. Ter
momentos seus. E para isso é preciso também aprender a delegar, a pedir ajuda.
Mas sobre isso, falaremos numa outra oportunidade.
Sejam felizes minhas
guerreiras. Verdadeira e profundamente felizes. Busquem ativamente seu bem
estar. Se cuidem!
Um abraço
Exatamente assim que me sinto, dia após dia temos que ser fortes para lidar com todas as necessidades de nossos filhos especiais, são textos como este que nos fazem refletir o quão gigante é o nosso papel neste mundo... Obrigada!
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