Eu e Gabil

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terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

ESTIMULAÇÃO PRECOCE: O CAMINHO PARA REDUZIR OU EVITAR SEQUELAS- DRA ALESSANDRA FREITAS RUSSO


Estimular num conceito mais simples, significa criar condições que facilitem o desenvolvimento da criança. As mães o fazem naturalmente, através de conversas, alimentação, jogos de demonstração de afeto e carinho. No recém-nascido de risco (prematuro, baixo peso de nascimento e asfíxico), o processo se torna mais complexo, pois pode haver alteração no vínculo mãe / filho (a) e a intervenção precoce surge como um processo terapêutico.
O que se pretende é o início da estimulação o mais cedo possível, uma vez que durante os primeiros anos de vida é que ocorre o maior desenvolvimento do cérebro, sendo de fundamental importância, as experiências pelas quais a criança passa neste período.
         A plasticidade neuronal explica hoje a urgência que há na estimulação de crianças que sofreram uma injúria no Sistema Nervoso Central, pois quanto mais precoce e objetiva esta intervenção, maior e melhor são as chances desta criança se desenvolver plenamente dentro de suas potencialidades e com menor déficit residual. Nosso cérebro está mais apto a mudanças de função e recuperação das funções lesadas.
         A intervenção precoce deve ser iniciada a partir do momento que o bebê recebe alta hospitalar e serão estimuladas as percepções sensoriais, os movimentos normais (posicionamento da criança), os aspectos motores (como coordenação motora), o brincar, a socialização e a cognição.
Os programas de estimulação precoce atendem crianças já com algum diagnóstico, como síndrome de Down, paralisia cerebral ou autismo, mas também os chamados “bebês de risco”. São recém nascidos prematuros, com peso de nascimento abaixo de 2000g, bebês que tiveram falta de oxigênio no parto (asfixia) ou qualquer outra intercorrência neurológica, como meningite ou convulsões.  A equipe deve contar com médico neuropediatra, fisioterapeuta, fonoaudióloga, terapeuta ocupacional e psicóloga.
O objetivo é promover a saúde física, mental e emocional destas crianças e suas famílias, trabalhando os vínculos parentais, a compreensão da deficiência quando presente e o investimento da família neste indivíduo. Queremos criar crianças felizes com ou sem deficiência, aceitas por suas famílias e pelo meio onde vivem!!