Estimular
num conceito mais simples, significa criar condições que facilitem o
desenvolvimento da criança. As mães o fazem naturalmente, através de conversas,
alimentação, jogos de demonstração de afeto e carinho. No recém-nascido de
risco (prematuro, baixo peso de nascimento e asfíxico), o processo se torna
mais complexo, pois pode haver alteração no vínculo mãe / filho (a) e a
intervenção precoce surge como um processo terapêutico.
O
que se pretende é o início da estimulação o mais cedo possível, uma vez que
durante os primeiros anos de vida é que ocorre o maior desenvolvimento do
cérebro, sendo de fundamental importância, as experiências pelas quais a
criança passa neste período.
A plasticidade neuronal explica hoje a urgência que há na
estimulação de crianças que sofreram uma injúria no Sistema Nervoso Central,
pois quanto mais precoce e objetiva esta intervenção, maior e melhor são as
chances desta criança se desenvolver plenamente dentro de suas potencialidades
e com menor déficit residual. Nosso cérebro está mais apto a mudanças de função
e recuperação das funções lesadas.
A intervenção precoce deve ser iniciada a partir do momento
que o bebê recebe alta hospitalar e serão estimuladas as percepções sensoriais,
os movimentos normais (posicionamento da criança), os aspectos motores (como
coordenação motora), o brincar, a socialização e a cognição.
Os
programas de estimulação precoce atendem crianças já com algum diagnóstico,
como síndrome de Down, paralisia cerebral ou autismo, mas também os chamados
“bebês de risco”. São recém nascidos prematuros, com peso de nascimento abaixo
de 2000g, bebês que tiveram falta de oxigênio no parto (asfixia) ou qualquer
outra intercorrência neurológica, como meningite ou convulsões. A equipe deve contar com médico neuropediatra,
fisioterapeuta, fonoaudióloga, terapeuta ocupacional e psicóloga.
O
objetivo é promover a saúde física, mental e emocional destas crianças e suas
famílias, trabalhando os vínculos parentais, a compreensão da deficiência
quando presente e o investimento da família neste indivíduo. Queremos criar
crianças felizes com ou sem deficiência, aceitas por suas famílias e pelo meio
onde vivem!!